terça-feira, 31 de agosto de 2010
Por André Murtinho Ribeiro
Amigos, militantes, colegas conhecidos e internautas,
Todos sabem do esforço que tenho feito para que possamos manter um mandato parlamentar popular para o Vale do Ribeira e para todo o estado de São Paulo e que este mandato esteja disponível aos movimentos sociais da região. Este é o mandato de Raul Marcelo. Conheço Raul desde a época em que ele era vereador em Sorocaba (2000-2006), através das relações políticas que tinha no movimento estudantil na Universidade de Campinas, para o qual a turma de Sorocaba deu um apoio essencial para eleger uma vereadora em Campinas em 2004. Após eu vir morar em Cananéia, em 2004, fizemos um esforço coletivo, ainda que modesto aqui no Vale do Ribeira, para elegê-lo pela primeira vez Deputado Estadual em outubro de 2006. Nestes contatos, constatei um coisa importante: mais do que uma pessoa, o mandato do Raul era construído de forma coletiva e participativa. Logo após sua eleição para a Assembléia Legislativa, Marcelo esteve em Cananéia (Mandira e Centro) para ouvir as demandas das comunidades quilombolas, caiçaras, indígenas, dos professores e das questões ecológicas de toda a região. Neste dia, ele se deparou com uma ameaça que já se arrastava há 20 anos na região e que possibilitava a articulação de todas estas demandas dos movimentos: a resistência popular contra a construção da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto, no Alto Ribeira, através do Movimento dos Ameaçados por Barragens, o MOAB.
Este empreendimento punha em lados opostos interesses bem diferentes de desenvolvimento: de um lado, a Companhia Brasileira de Alumínio, do Grupo Votorantim, que visava explorar recursos da região para a produção de energia na indústria de alumínio, numa fábrica localizada em outra região. Este alumínio primário seria exportado. De outro lado, temos uma visão de desenvolvimento que visa manter a riqueza dentro da região, através da valorização de seus povos, de sua cultura e do meio ambiente. Imediatamente, o mandato se colocou ao lado deste e de outros movimentos sociais da região em defesa do Rio Ribeira de Iguape, como aconteceu na Caminhada Contra Tijuco Alto, de Cajati a Jacupiranga, em Março de 2007. Sensibilizado com as possibilidades de mobilização no Vale do Ribeira, o mandato do Raul Marcelo, com participação efetiva de seu assessor Rodrigo Chizollini junto ao MOAB e ao Coletivo Educador do Lagamar, apresentou em maio de 2007, o Projeto de Lei 394, que propunha declarar o Rio Ribeira de Iguape Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Estado de São Paulo. Este PL foi o primeiro de seu mandato como parlamentar paulista, colocando a importância que tinha a proteção das águas do Ribeira, a Mata Atlântica, sua fauna, flora e de seus povos originários e tradicionais, além da forte cultura regional para a defesa do Vale do Ribeira. O projeto foi rapidamente aprovado em junho de 2007, pela maioria absoluta dos 94 deputados, com apenas 1 voto contrário: Samuel Moreira (PSDB). Esta aprovação se deu às vésperas das audiências públicas que o IBAMA (em greve) realizou em cinco municípios do Vale do Ribeira para apresentar o projeto da CBA: Cerro Azul, Adrianópolis (PR), Ribeira, Eldorado e Registro (SP), com participação ativa do mandato em todas eles. No dia 08 de julho de 2007, em Ribeira, apresentei ao público presente e ao IBAMA, de forma breve, o PL 394, que deu mais peso às ações dos movimentos sociais nas agitadas audiências. O próprio Raul Marcelo esteve presente pessoalmente na audiência pública de Registro, apresentando oficialmente o projeto aprovado pelos seus pares e proferindo um discurso histórico em defesa dos povos originários e das populações tradicionais, há mais de 500 anos exploradas pelos donos deste país. Nestas audiências, surpreendentemente, o Deputado Estadual Samuel Moreira (PSDB) se colocou ao lado dos grandes empresários que iriam explorar o nosso ambiente em favor apenas do lucro de uma família, os Ermírio de Moraes. Por estas razões, o "deputado de Registro" levou duas vaias históricas, em Eldorado, território quilombola, e na própria Registro, sua base eleitoral. Em agosto de 2007, dando continuidade ao clamor popular contra Tijuco Alto, Raul Marcelo convocou uma audiência pública sobre o Vale do Ribeira, na Assembléia Legislativa de São Paulo, com presença massiva de movimentos sociais com MOAB, MAB, MST e CPT, além de intelectuais de peso, como Aziz Ab`Saber. Por estas razões, resolvi me filiar ao PSOL em setembro de 2007. Por muito tempo não acreditava que a luta partidária e parlamentar poderia trazer benefícios e resultados à luta popular. Estando junto ao mandato do Marcelo, consegui visualizar possibilidades de mudanças na região em que moro: o Vale do Ribeira.
Todos sabem do esforço que tenho feito para que possamos manter um mandato parlamentar popular para o Vale do Ribeira e para todo o estado de São Paulo e que este mandato esteja disponível aos movimentos sociais da região. Este é o mandato de Raul Marcelo. Conheço Raul desde a época em que ele era vereador em Sorocaba (2000-2006), através das relações políticas que tinha no movimento estudantil na Universidade de Campinas, para o qual a turma de Sorocaba deu um apoio essencial para eleger uma vereadora em Campinas em 2004. Após eu vir morar em Cananéia, em 2004, fizemos um esforço coletivo, ainda que modesto aqui no Vale do Ribeira, para elegê-lo pela primeira vez Deputado Estadual em outubro de 2006. Nestes contatos, constatei um coisa importante: mais do que uma pessoa, o mandato do Raul era construído de forma coletiva e participativa. Logo após sua eleição para a Assembléia Legislativa, Marcelo esteve em Cananéia (Mandira e Centro) para ouvir as demandas das comunidades quilombolas, caiçaras, indígenas, dos professores e das questões ecológicas de toda a região. Neste dia, ele se deparou com uma ameaça que já se arrastava há 20 anos na região e que possibilitava a articulação de todas estas demandas dos movimentos: a resistência popular contra a construção da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto, no Alto Ribeira, através do Movimento dos Ameaçados por Barragens, o MOAB.
Este empreendimento punha em lados opostos interesses bem diferentes de desenvolvimento: de um lado, a Companhia Brasileira de Alumínio, do Grupo Votorantim, que visava explorar recursos da região para a produção de energia na indústria de alumínio, numa fábrica localizada em outra região. Este alumínio primário seria exportado. De outro lado, temos uma visão de desenvolvimento que visa manter a riqueza dentro da região, através da valorização de seus povos, de sua cultura e do meio ambiente. Imediatamente, o mandato se colocou ao lado deste e de outros movimentos sociais da região em defesa do Rio Ribeira de Iguape, como aconteceu na Caminhada Contra Tijuco Alto, de Cajati a Jacupiranga, em Março de 2007. Sensibilizado com as possibilidades de mobilização no Vale do Ribeira, o mandato do Raul Marcelo, com participação efetiva de seu assessor Rodrigo Chizollini junto ao MOAB e ao Coletivo Educador do Lagamar, apresentou em maio de 2007, o Projeto de Lei 394, que propunha declarar o Rio Ribeira de Iguape Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Estado de São Paulo. Este PL foi o primeiro de seu mandato como parlamentar paulista, colocando a importância que tinha a proteção das águas do Ribeira, a Mata Atlântica, sua fauna, flora e de seus povos originários e tradicionais, além da forte cultura regional para a defesa do Vale do Ribeira. O projeto foi rapidamente aprovado em junho de 2007, pela maioria absoluta dos 94 deputados, com apenas 1 voto contrário: Samuel Moreira (PSDB). Esta aprovação se deu às vésperas das audiências públicas que o IBAMA (em greve) realizou em cinco municípios do Vale do Ribeira para apresentar o projeto da CBA: Cerro Azul, Adrianópolis (PR), Ribeira, Eldorado e Registro (SP), com participação ativa do mandato em todas eles. No dia 08 de julho de 2007, em Ribeira, apresentei ao público presente e ao IBAMA, de forma breve, o PL 394, que deu mais peso às ações dos movimentos sociais nas agitadas audiências. O próprio Raul Marcelo esteve presente pessoalmente na audiência pública de Registro, apresentando oficialmente o projeto aprovado pelos seus pares e proferindo um discurso histórico em defesa dos povos originários e das populações tradicionais, há mais de 500 anos exploradas pelos donos deste país. Nestas audiências, surpreendentemente, o Deputado Estadual Samuel Moreira (PSDB) se colocou ao lado dos grandes empresários que iriam explorar o nosso ambiente em favor apenas do lucro de uma família, os Ermírio de Moraes. Por estas razões, o "deputado de Registro" levou duas vaias históricas, em Eldorado, território quilombola, e na própria Registro, sua base eleitoral. Em agosto de 2007, dando continuidade ao clamor popular contra Tijuco Alto, Raul Marcelo convocou uma audiência pública sobre o Vale do Ribeira, na Assembléia Legislativa de São Paulo, com presença massiva de movimentos sociais com MOAB, MAB, MST e CPT, além de intelectuais de peso, como Aziz Ab`Saber. Por estas razões, resolvi me filiar ao PSOL em setembro de 2007. Por muito tempo não acreditava que a luta partidária e parlamentar poderia trazer benefícios e resultados à luta popular. Estando junto ao mandato do Marcelo, consegui visualizar possibilidades de mudanças na região em que moro: o Vale do Ribeira.
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